Se a minha casa falasse, o que ela te diria sobre mim?

Quando saí de casa da minha mãe fui viver sozinha para um T1 em Cascais. Apesar de não ter permanecido lá durante muito tempo, os três anos e meio que lá vivi foram, sem dúvida, os mais intensos e transformadores da minha vida.  

Foi durante a minha vivência nesta casa que o Feng Shui entrou na minha vida e o meu caminho mudou completamente. E foi também aqui que eu fui ao fundo do poço e voltei a subir outra vez.

Se a minha casa falasse... era isto o que ela te diria sobre mim

Eu adorava aquela casa. Tinha o tamanho certo para mim, estava numa zona tranquila da cidade, tinha uma vista fantástica para o mar, um chão lindo de madeira, e paredes que transbordavam cor e calor! Era uma casa francamente acolhedora e tranquila, e onde eu adorava estar. No entanto, o Feng Shui tinha outra coisa para me dizer…

Para começar, o prédio estava inserido numa rua sem saída. E, na verdade, era mesmo assim que eu sentia que estava a minha vida naquela altura – sem uma saída à vista.

Esta questão também estava refletida no facto de o apartamento não ter o chamado sector do Futuro (de acordo com o Baguá), pois a planta não era regular mas sim em forma de L. E isso causava-me uma grande ansiedade…

Sentirmos que a nossa vida não está a ir na direção que gostaríamos, não vendo também uma solução à vista, é deveras inquietante.

Para além disso, a única casa-de-banho que o apartamento tinha situava-se no centro do mesmo. Segundo o Baguá, o sector do centro corresponde à nossa Saúde e Equilíbrio – algo que me faltava na altura, apesar de eu achar que não estava assim tão longe de alcançar o segundo…

No Feng Shui as casas-de-banho são um pouco vistas como as más da fita. Não tem de ser sempre assim, mas é verdade que elas têm tendência para nos mostrar onde se encontram alguns dos nossos bloqueios (dependendo, mais uma vez, do local onde se encontram no Baguá). E é por isso que elas nos costumam dar tantos problemas, tais como canos entupidos, maus cheiros, infiltrações, etc.

Depois ainda vem a parte da decoração. Aquela que foi escolhida com tanto gosto e carinho por mim. Aquela que eu adorava de morte e da qual eu não me queria libertar, mesmo quando percebi o que ela dizia sobre mim.

Neste caso em particular estou-me a referir a um quadro que eu tinha por cima da parede do sofá e que eu simplesmente adorava. Era um díptico que eu tinha mandado fazer com um tecido que mostrava uma série de gueixas – um género de figuras femininas que eu sempre gostei muito.

Até aqui tudo normal, certo? Afinal de contas, que mal tem uma pessoa gostar de gueixas?

O “problema” é que, na minha família, praticamente todas as mulheres desempenharam (ou desempenham) um papel muito parecido ao das submissas gueixas. Que foi precisamente o padrão que eu fui repetir quando comecei a namorar…

Lá diz o velho ditado e bem: Quem sai aos seus não degenera.

Para dar o toque final – e caso já te tenhas questionado sobre isso mesmo – o sector do Baguá onde estava localizado esse quadro era o das Bênçãos. Aquele sector que nos mostra o que iremos continuar a atrair na vida…

A solução está (sempre) dentro de nós

É importante lembrar que tudo isto era apenas um reflexo do que se encontrava no meu inconsciente. E é por isso que eu gosto tanto do Feng Shui. Porque nos permite ver, através da nossa casa, quem realmente somos e por que razão atraímos para a nossa vida aquilo que tanto nos esforçamos (conscientemente) por evitar.

Resta-me dizer que hoje me sinto muito feliz e orgulhosa por ter conseguido fazer todo o trabalho de cura e de transformação pessoal que aquela casa me propôs fazer. Não foi fácil, mas foi o necessário para conseguir ter uma vida melhor.

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