Artigos de Feng Shui
Como saber se um espaço tem boas energias?
Dizer que um espaço tem “boas energias” pode ser enganador. E até te dou um exemplo pessoal para explicar melhor o que quero dizer com isto.
Se leste o meu último artigo já sabes o quanto pode ser enganador afirmar que um espaço tem boas energias só porque nos sentimos bem nele.
Se fosse o Dalai Lama a fazer essa afirmação eu até acharia que isso era verdade, uma vez que a sensação de equilíbrio que ele sente dentro dele estaria refletida no espaço que ele escolheu habitar.
Mas fora ele e poucos como ele, na verdade nem em mim eu confiaria! A não ser que já tivesse feito uma avaliação prévia ao espaço, no que ao Feng Shui diz respeito.
O nosso mundo exterior é um mero reflexo do nosso mundo interior
Quando eu mudei de casa pela primeira vez também achei que ela tinha uma energia muito boa.
Eu sentia-me tão bem nela que até passei a ser uma pessoa ainda mais caseira do que já sou! Para além disso, ainda tinha o mesmo feedback de alguns amigos meus.
Aquela casa era, de facto, um sítio onde se gostava de estar.
Contudo, e depois de analisá-la com outros olhos, a verdade é que a casa tinha uma energia bastante densa e até prejudicial (o que, com o tempo, eu vim a sentir na pele).
Quando hoje olho para trás e penso nisto tudo – e em todas as experiências e processos pelos quais já passei – compreendo muito bem porque fui atrair uma casa assim. No entanto tenho de admitir que, apesar de a casa me ter parecido perfeita na altura, a vivência pela qual eu tive de passar enquanto lá estive foi tudo menos perfeita…
E tudo isso devido aos bloqueios que eu própria tinha dentro de mim e que estavam refletidos na energia da casa.
Boas energias em relação a quê?
Dizer que um espaço tem boas energias é, na verdade, um conceito bastante relativo.
Primeiro, porque essa avaliação que nós fazemos é, na maioria das vezes, um mero reflexo do nosso interior (tal como já expliquei no meu último artigo e agora através deste exemplo).
E, sejamos francos, nós somos uns péssimos avaliadores de nós próprios. Não achas?
Segundo, porque esta questão vai depender também do tipo de energia que se está a avaliar.
Para o Feng Shui, por exemplo, ter um espaço com boas energias significa que o mesmo irá trazer, dentro do possível, uma vida auspiciosa aos seus habitantes. Isto porque o trabalho de um consultor de Feng Shui Clássico é potenciar as energias positivas existentes na casa que vêm do exterior, minimizando também as que são negativas.
Já em Geobiologia – uma ciência que estuda a influência das energias da Terra no ser humano e em qualquer outra forma de vida – um espaço tem boas energias quando está “limpo” de influências negativas que se encontram no terreno onde ele está localizado (tais como águas subterrâneas ou campos eletromagnéticos). Estas energias prejudicam-nos, sobretudo, em termos de saúde.
E se ainda fores do tipo de pessoas que acredita em espíritos, então para uma médium ou alguém mais sensitivo, um espaço estará livre de más energias quando não se sente nele a presença negativa de alguém.
Cada um sente o espaço à sua maneira
Como vês, afirmar que um espaço tem boas energias é, de certa maneira, mais complexo do que aquilo que parece ser. Por isso, se ainda não pediste a um profissional para o avaliar o teu, o mais correto será dizer:
“Este espaço transmite-me boas energias.”
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Será que a tua casa tem boas energias?
“Eu acho que a minha casa tem boas energias, pois eu sinto-me muito bem nela”, dizem-me muitas vezes. Mas será que é mesmo assim?
“Eu acho que a minha casa tem boas energias, pois eu sinto-me muito bem nela.”
Esta é talvez das frases que mais oiço desde que entrei para o mundo do Feng Shui.
E há ainda quem acrescente, na tentativa de validar a declaração anterior: “Para além de que todos os meus amigos que lá vão também sentem o mesmo.”
Bom, eu não quero ser desmancha-prazeres, mas tenho que te dizer que as coisas não são bem assim. Até porque uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Surpreendida?
Pois é! Mas se queres mesmo perceber um pouco mais sobre ti e a tua casa, experimenta refletir sobre isto que te vou dizer.
Os semelhantes atraem-se
Tal como acabei de dizer, o facto de te sentires bem em tua casa não significa que ela tenha boas energias ou um bom Feng Shui.
Significa sim, e apenas, que a energia da casa ressoa com a tua. Ou seja, significa que ambas as “energias” são iguais e um reflexo uma da outra, sendo essa a razão pela qual tu te sentes bem nela.
Claro que com isto não estou a querer dizer que a tua casa até nem possa estar equilibrada do ponto de vista energético ou do que dita o Feng Shui. Contudo, e pegando na ideia anterior, isso só acontecerá porque também tu te encontras equilibrada, refletindo-se isso em todas as áreas da tua vida.
Na verdade, se formos a pensar bem, o processo (consciente e inconsciente) que fazemos ao escolher uma casa não é muito diferente daquele que fazemos ao “escolher” os nossos amigos. No meio de tantas pessoas que conhecemos ao longo da nossa vida, é natural que estabeleçamos amizade apenas com aquelas cuja forma de ser e de estar na vida ressoam com a nossa.
Daí o ditado “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, pois os nossos amigos são, até certo ponto, muito parecidos connosco. Sendo também por isso que, à medida que vamos evoluindo na nossa maneira de ser e de pensar, algumas amizades vão ficando para trás, uma vez que deixamos de nos identificar com elas.
Ora, o mesmo se passa com as casas.
A casa como espelho
Quando nos sentimos bem em nossa casa é porque ela, pura e simplesmente, reflete na íntegra quem nós somos ou como nos estamos a sentir de momento.
E se por acaso sentirmos de repente uma necessidade de mudar – seja de casa, seja a casa em si – então é porque também nós já mudámos o suficiente para querer expressar essa mudança fora de nós.
É por isso que o Feng Shui que eu pratico passa muito pela ideia de olharmos com atenção para a nossa casa, com o intuito de perceber o que ela nos está a dizer sobre nós. Principalmente sobre tudo o que se encontra no nosso inconsciente, uma vez que é ele que comanda a maior parte das nossas escolhas.
Assim, “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és” pode muito bem ser estendido como “diz-me como é a tua casa e dir-te-ei quem és”.
O que me leva à minha questão inicial.
Sim, é natural que te sintas bem em tua casa. Bem como os teus amigos que lá vão. E ainda bem que assim o é. Mas o facto de isso ser sinónimo de que a casa tem boas energias, isso já é outra história.
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Qual o significado de não ter uma cabeceira de cama?
Ultimamente tenho visto muitas casas onde as pessoas optaram por não ter uma cabeceira de cama. Sabes o que isso significa?
Ultimamente tenho visto muitas casas onde as pessoas optaram por não ter uma cabeceira de cama.
Talvez porque hoje em dia sei bem da importância que esta peça tem para o Feng Shui, e o significado que está por detrás da escolha de não ter uma, é que reparo logo neste pormenor assim que entro no quarto de alguém (independentemente de estar com os olhos de consultora de Feng Shui ou não).
Aliás, eu própria também optei por não ter uma cabeceira de cama durante uma boa parte da minha vida. E é por isso mesmo que esta situação ressoa tanto comigo e me salta logo à vista!
Inovar sim. Deixar ficar não.
Desde que surgiu a moda dos sommiers que esta situação se tornou cada vez mais comum. Há uns bons anos atrás era impossível isto acontecer, uma vez que as camas eram autênticas estruturas completas (da cabeça aos pés!).
Os sommiers vieram, de facto, trazer uma leveza à decoração dos quartos, permitindo-nos também ser mais criativos com a mesma. Sobretudo no que diz respeito à cabeceira de cama.
No entanto, não é isso aquilo que eu tenho vindo a constatar. A verdade é que a maioria de nós compra apenas a estrutura da cama e o colchão, para de seguida lhe colocar uma colcha em cima junto com umas almofadas.
E pronto, está feita a decoração do quarto! Next!
A importância de ter uma cabeceira de cama
Aos olhos do Feng Shui Contemporâneo, ter uma cabeceira de cama é muito importante. Isto porque ela representa o suporte, apoio, segurança e proteção que nós tanto precisamos de sentir na vida.
E para que percebas melhor esta ideia, vou mudar um bocadinho o foco das cabeceiras de cama para algo que utiliza o mesmo princípio.
Por acaso já reparaste bem nas cadeiras de escritório que os grandes CEO’s utilizam? Ou até mesmo nos cadeirões onde os reis e líderes religiosos se sentam? Já viste como todas têm costas altas?
E garanto-te que isto não tem só a ver com a questão do estatuto e do poder.
Estar com as costas protegidas é algo que nos faz sentir mais seguros, quer acreditemos nestas coisas quer não. E esta ideia aplica-se a tudo, inclusive “às costas” da nossa cama.
Pode parecer apenas um mero simbolismo, e que a dormir até nem faça tanta diferença, mas garanto-te que faz! E a prova disso sou eu, e todas as pessoas a quem já recomendei colocar uma cabeceira na cama.
A sensação de aconchego é, realmente, outra.
O significado de não ter uma cabeceira de cama
Quando optas por não ter uma cabeceira de cama, normalmente isso é indicativo de duas coisas:
Ou não tens (ou sentes que não tens) apoio por parte da família, dos amigos, ou até mesmo da vida.
Ou achas/sentes que tens de fazer sempre tudo sozinha, independentemente da ajuda que até possa ter.
Por isso, se não tens uma cabeceira de cama, a minha recomendação é que arranjes uma.
Mas não uma qualquer!
A cabeceira tem de ser sólida, robusta, e de preferência que não esteja dividia ao meio (principalmente se for para uma cama de casal). Só depois de teres isto garantido é que podes, e deves, dar asas à tua imaginação com a decoração.
Bons sonhos!
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Porque temos tanta dificuldade em deitar coisas fora?
Eu pensava que até nem tinha muito esse problema. Libertar-me do que já não quero ou do que já não preciso não é difícil para mim. Achava eu…
Há pouco tempo estive a arrumar a arrecadação cá de casa.
De repente invadiu-me um sentimento de querer deitar uma série de coisas fora. E antes que esse sentimento se fosse embora tão depressa quanto surgiu, aproveitei e fui logo direitinha à arrecadação com sacos de plástico na mão!
Caramba, é inacreditável as vezes que eu já arrumei esta arrecadação, mas mesmo assim ela parece estar sempre a abarrotar de coisas! E algumas delas ainda continuam lá, ano após ano, não porque eu precise delas, mas simplesmente porque não as consigo deitar fora!
O apego e o sentimento de falta de abundância
Foi aí que eu comecei a pensar no porquê de ser tão difícil para nós libertarmo-nos das coisas.
Claro que, em última análise, vem tudo de um sentimento de apego. Não necessariamente do objeto em si, mas daquilo que ele representa para nós.
Seja porque já nos faltou e não queremos que nos falte mais. Porque estamos emocionalmente ligados à pessoa que nos ofereceu, à razão porque o comprámos ou às memórias que ele nos traz. Ou até mesmo porque nos custou dinheiro e achamos que é um desperdício deitar fora (mesmo quando sabemos que nunca mais o vamos utilizar).
E depois, a juntar a isto tudo, ainda há o sentimento de escassez – por oposição ao sentimento de abundância – que também nos leva a guardar coisas, simplesmente porque um dia nos pode vir a fazer falta.
O pior é que na maioria das vezes nem sequer vem a fazer falta. E quando faz, acabamos quase sempre por comprar uma outra coisa igual, porque já nem nos lembrávamos que tínhamos essa guardada.
Não é ridículo?
Deitar fora não significa que foi tudo em vão
Durante as minhas limpezas à arrecadação ainda descobri outro tipo de apego.
Isto porque tinha para lá imensas pastas com os meus apontamentos da licenciatura que fiz. Pastas essas que já tinham estado no escritório cá de casa, até ao dia em que decidi levá-las para a arrecadação.
Claro que ao fazer isto eu já sabia, lá no fundo do meu ser, que era porque eu nunca mais ia tocar nelas. Afinal de contas, é para isso mesmo que servem as arrecadações. Para depositarmos nelas tudo aquilo que nós já sabemos que não vamos precisar mais, mas que não somos capazes de deitar fora.
E foi assim que chegou o momento do confronto:
Então Raquel, vais finalmente deitar todos os teus apontamentos fora ou vais continuar a guardá-los, simplesmente porque estás agarrada à ideia de todo o trabalho que te deu fazer essa licenciatura?
Sim, porque se formos a ver bem, mais depressa vou ao Google pesquisar o que quer que seja sobre Teoria do Design, História de Arte ou qualquer outra coisa, do que aos meus apontamentos da faculdade! Para além disso, hoje em dia eu já nem sequer utilizo a informação que consta naquelas pastas.
No entanto, apertava-me o coração assim que eu pensava em deitar tudo fora.
E foi aí que eu me apercebi…
Apercebi-me do apego que tinha não às coisas em si, mas à ideia de todo o esforço que me deu escrever aqueles apontamentos todos há uns anos atrás!
É tramado, não é?
Deitar fora significa que é altura de libertar
E como se não bastasse toda esta situação já estar a ser suficientemente penosa para mim, ainda tive que me debater com outra grande questão. Mas desta vez era com os souvenirs que tinha trazido de todas as minhas viagens passadas.
Eles já tinham estado expostos em casa, na altura em que iam de encontro à decoração que eu tinha antes. Mas os meus gostos vão mudando (para além de que uma designer de interiores nunca tem a casa sempre igual!) e com o tempo lá foram, também, os meus souvenirs para a arrecadação…
E depois, sabes a melhor?
Não sei se acontece o mesmo contigo. Mas cá em casa, quando se está com dificuldade em deitar alguma coisa fora (tendo-se, contudo, a certeza de que já não se quer mais isso), sabes o que se faz?
Dá-se a algum familiar, claro! Assim a perda não é tão sentida como “perda”.
Sinceramente eu começo a achar que não deveriam existir arrecadações. Elas só servem mesmo para nós acumularmos coisas, não nos ajudando nada com a nossa lição de desapego. É simplesmente incrível a quantidade de coisas que nós acumulamos!
E depois ainda nos queixamos de que não conseguimos libertar-nos do passado ou de que a nossa vida não anda para a frente…
Uma história
Ainda sobre este tema, quero partilhar contigo uma pequena história que me deixou a pensar na importância que nós damos às coisas.
Consta-se que no século passado um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egipto, com o objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa, e um banco.
- Onde estão os seus móveis? – perguntou o turista.
E o sábio, ao olhar depressa ao seu redor, perguntou também:
- E onde estão os seus…?
- Os meus?! – surpreende-se o turista. - Mas eu estou aqui só de passagem!
- Eu também… – concluiu o sábio.
Ah! E se estás a perguntar o que eu fiz às coisas, bom, os apontamentos lá acabaram por ir todos fora. Quanto aos souvenirs, aqueles que eu já não quero, mas que considero que têm algum valor, estão à venda no OLX.
O verdadeiro poder do Feng Shui
Feng Shui é muito mais do que decoração. É também uma poderosa ferramenta que nos pode ajudar a perceber porque algumas áreas da nossa vida se encontram estagnadas.
Se leste os meus últimos artigos, por esta altura já deves saber como aplicar o Bagua à planta da tua casa e como utilizar a teoria dos Cinco Elementos na decoração de qualquer espaço.
Hoje quero falar-te de algo um pouco diferente, mas que te pode ajudar muito a perceberes o porquê de não conseguires atrair para a tua vida aquilo que mais desejas.
O poder do Feng Shui
Uma das coisas mais importantes que podes fazer na tua casa é observar atentamente a forma como a decoraste. Sobretudo no que diz respeito à simbologia que está por detrás dos objetos que escolheste para a decorar.
Para além disso, tenta perceber ainda se as cores, formas e materiais que utilizaste para decorar cada espaço da tua casa vão ao encontro do que o sector onde eles se encontram pede. Se já não te lembras como se vê isso, clica aqui.
Mas vamos a exemplos. São sempre a melhor forma de conseguirmos perceber o que se está a tentar dizer.
Imagina que o teu calcanhar de Aquiles é o dinheiro, no sentido em que ele está sempre à justa independentemente do quanto tu ganhas ou tentas poupar.
Experimenta agora ir à zona da tua casa que calha no sector das Bênçãos.
O que tens lá?
Uma casa-de-banho cuja energia de escoamento está a fazer o mesmo ao teu dinheiro?
Um quarto de arrumos completamente cheio e desorganizado que está a bloquear qualquer oportunidade positiva de entrar na tua vida?
Uma sala decorada com imagens de paisagens pobres que transmitem tudo menos abundância?
Uma varanda onde as plantas não crescem – e nem o teu dinheiro – por falta de cuidado teu?
Ou uma cozinha que, para além de pouco usada, está toda decorada com elementos Metal, o que corta qualquer possibilidade de entrar mais dinheiro na tua vida?
Claro que esta tua questão com o dinheiro pode não estar especificamente retratada neste sector que lhe corresponde – o das Bênçãos –, mas sim noutra parte do Bagua, tal como o sector dos Amigos ou Pessoas Prestáveis.
Assim, vai até a esta zona da tua casa e faz o mesmo exercício de autoanálise que te expliquei agora. Depois, pensa bem se a prosperidade não vem ter contigo porque afinal tu também não te permites ser ajudada por outras pessoas.
“Não, deixa estar pai, não preciso que me ajudes com dinheiro. Eu compro o carro SOZINHA!”
E depois não percebemos porque não conseguimos ter aquilo que mais desejamos… Percebes o que te estou a tentar explicar com tudo isto?
O Bagua e as nove áreas de vida
Para que possas fazer este exercício de autoanálise com a tua casa, deixo-te aqui uma breve descrição dos nove sectores do Bagua e a sua correspondência com as principais áreas de vida.
Sector 1 – O Caminho de Vida (normalmente associado à Carreira). É também um sector que fala dos nossos medos mais profundos. Nomeadamente, aqueles que nos impedem de fazer o nosso próprio caminho.
Sector 2 – Os Relacionamentos (de qualquer natureza, e não só amorosos). É também o sector da Mulher e da Mãe, e do nosso lado feminino em geral.
Sector 3 – Antepassados; Família. É por isso um sector que está também associado ao nosso Passado.
Sector 4 – Bênçãos; Prosperidade; Abundância. (Atenção que “Bênçãos” não tem que significar necessariamente “dinheiro”. Para uma mulher que está a tentar engravidar há muito tempo, ter um filho poderá ser a bênção que ela tanto precisa.)
Sector 5 – Saúde; Equilíbrio; União.
Sector 6 – Pessoas Prestáveis (Amigos); Organização. É também o sector do Homem, do Pai e do nosso lado masculino em geral.
Sector 7 – Criatividade; Crianças. É por isso um sector que está também associado ao nosso Futuro.
Sector 8 – Conhecimento; Sabedoria; Contemplação; Espiritualidade.
Sector 9 – Fama; Reconhecimento; Sucesso.
Feng Shui é muito mais do que decoração
Como vês, o Feng Shui é muito mais interessante do que à partida parece.
Quando pensas na tua casa como um espelho teu – sobretudo daquilo que se passa ao nível do teu inconsciente – e fazes todas estas reflexões que te tenho vindo a falar aqui, garanto-te que irás perceber muita coisa sobre a tua vida.
Comigo aconteceu exatamente isso quando analisei a minha casa pela primeira vez.
Mas atenção! Não vale a pena culpares a tua casa pelos teus problemas. Lembra-te que ela foi escolhida e decorada por ti.
Nada é por acaso…
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Como utilizar os Cinco Elementos na decoração
A teoria dos Cinco Elementos faz parte de um dos conhecimentos base que sustenta o Feng Shui. Por isso é que é tão importante que a conheças bem.
Tal como pudeste ver no meu último artigo, a teoria dos Cinco Elementos é dos aspetos mais importantes a ter em conta na decoração de um espaço de acordo com o que ditam alguns métodos de Feng Shui.
Porém, devo dizer-te que não é suficiente saber apenas qual o Elemento que corresponde a cada sector do Bagua.
Se queres dominar um pouco melhor a arte do Feng Shui é necessário que conheças a Teoria dos Cinco Elementos um pouco mais a fundo. Assim conseguirás ter mais flexibilidade de escolha na altura de decorares a tua casa, percebendo também o que podes ou não fazer.
Os Cinco Elementos e os seus ciclos aplicados à decoração de interiores
Como já vimos antes, a metafísica chinesa identifica cinco tipos diferentes de energia presentes no nosso universo, às quais lhes atribuiu os nomes de Árvore, Fogo, Solo, Metal e Água.
Estas cinco energias, por sua vez, relacionam-se entre si de três formas muito distintas: alimentando-se, controlando-se e desgastando-se.
Quando elas estão no Ciclo de Alimentação, a energia anterior dá força ao Elemento que lhe segue, uma vez que o está a alimentar. Se observares com atenção a imagem verás que:
A Árvore alimenta o Fogo
O Fogo alimenta o Solo
O Solo alimenta o Metal
O Metal alimenta a Água
A Água alimenta a Árvore
Para que serve saberes isto?
Imagina que queres potenciar o sector do Reconhecimento na tua casa, mas que não gostas nada da cor vermelha ou de objetos bicudos. O que poderás então fazer? É simples!
Coloca itens do Elemento Árvore, uma vez que esta energia alimenta a do Fogo.
Assim estarás na mesma a dar energia ao sector em questão, sem ser diretamente com os materiais, formas ou cores do Elemento que lhe corresponde.
Fácil, não é?
Passemos agora ao Ciclo de Controlo.
Apesar de existir, este ciclo não deve ser utilizado. No Feng Shui nunca se combate uma energia que não nos é benéfica atacando-a, mas sim desgastando-a ou retirando-lhe forças.
O Ciclo de Controlo serve, principalmente, para nós o identificarmos caso ele esteja presente na decoração de um espaço, percebendo com isso a consequência que ele nos pode estar a trazer para a nossa vida.
Mas antes de te explicar melhor esta ideia, deixa-me dizer-te como funciona este ciclo. Se reparares novamente na imagem, nomeadamente nas “setas” do meio, verás que:
A Água controla o Fogo
A Árvore controla o Solo
O Fogo controla o Metal
O Solo controla a Água
O Metal controla a Árvore
Agora que já conheces este ciclo, observa com atenção a tua casa e tenta perceber se em algum dos espaços está a ocorrer um destes “controlos”.
Por exemplo, imagina que tens uma casa-de-banho (Elemento Água) no teu Sector do Reconhecimento (Elemento Fogo).
O que achas que essa água está a fazer a esta tua área de vida? Metaforicamente falando, está a apagá-la. Certo? Isto porque a energia da Água controla a do Fogo.
Ou então imagina que colocaste na tua zona dos Relacionamentos (Elemento Solo) um papel de parede com riscas verticais (Elemento Árvore). Ora, se a Árvore controla o Solo, isto significa que este sector não está a receber a energia positiva que deveria. Antes pelo contrário!
É nesta altura que deves, então, perceber se há alguma relação entre a forma como decoraste este sector e o que se passa de momento nesta tua área de vida.
Consegues perceber a ideia?
E se neste momento estás a perguntar qual é a solução para o “problema” da casa-de-banho que mencionei anteriormente, deixa-me então falar-te do terceiro e último ciclo de relação que existe entre os Cinco Elementos: o Ciclo de Desgaste.
Na verdade esta terceira relação não é tanto um Ciclo em si, mas mais uma consequência do Ciclo de Alimentação. A lógica por detrás dela é a seguinte: se um determinado Elemento está a alimentar outro, então é natural que ele acabe por ficar sem forças uma vez que lhe está a dar toda a sua energia.
É por isso que o Ciclo de Desgaste funciona no sentido contrário ao Ciclo de Alimentação. Se inverteres a direção deste ciclo, verás que:
A Árvore desgasta a Água
O Fogo desgasta a Árvore
O Solo desgasta o Fogo
O Metal desgasta o Solo
A Água desgasta o Metal
Pegando novamente na questão da casa-de-banho que se encontra no Sector Fogo, a melhor solução será utilizares itens do Elemento Árvore. Porquê?
Porque a Árvore desgasta a energia da Água ao mesmo tempo que alimenta a energia do Fogo.
Voilá! É tão simples quanto isto!
Percebes agora como deves aplicar a Teoria dos Cinco Elementos à decoração da tua casa?
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Como decorar a tua casa de acordo com o Feng Shui
É mais fácil do que parece. Mas tens de compreender bem as bases teóricas que estão por detrás de algumas coisas que te vou explicar aqui. Estás preparada?
Quando se trata de decorar a casa de acordo com o Feng Shui o primeiro passo a fazer é dividi-la nos nove sectores do Bagua. No último artigo que escrevi explico-te como podes fazer isso. Se ainda não o leste poderás fazê-lo clicando aqui.
O passo seguinte é saber quais são as cores, formas e materiais que melhor se adequam a cada um desses sectores. Para isso é preciso ter em conta uma das teorias mais importantes do Feng Shui: a teoria dos Cinco Elementos.
O Bagua e os Cinco Elementos
Regra geral, aquilo que dita a forma como deverás decorar cada um dos sectores do Bagua é o Elemento que lhe corresponde.
Isto significa que a cada um dos nove sectores do Bagua está associado um dos Cinco Elementos e que, no fundo, é ele que vai dar o mote ao tipo de decoração que deverás colocar em cada espaço da tua casa.
E o que são afinal os Cinco Elementos?
Os Cinco Elementos não são mais do que representações dos vários tipos de energia existentes no Universo.
A Árvore, que representa a energia ascendente.
O Fogo, que representa a energia de expansão.
O Solo, que representa tanto a energia de estabilidade como a de mutação.
O Metal, que representa a energia de contração.
E a Água, que representa a energia flutuante.
No Bagua, estas cinco energias fazem-se corresponder da seguinte forma:
Os sectores do Conhecimento, da Saúde e dos Relacionamentos estão associados ao Elemento Solo.
Os sectores da Família e das Bênçãos – também conhecido como o sector da Prosperidade – estão associados ao Elemento Árvore.
O sector da Fama – também conhecido como o Sector do Reconhecimento e do Sucesso – está associado ao Elemento Fogo.
Os sectores da Criatividade e dos Amigos (ou das Pessoas Prestáveis) estão associados ao Elemento Metal.
O sector do Caminho de Vida está associado ao Elemento Água.
O Bagua e os Cinco Elementos
Os Cinco Elementos na decoração
Agora que já sabes qual o Elemento que está associada a cada sector, está na hora de te explicar como é que os podes utilizar na decoração da tua casa.
A Árvore caracteriza-se, principalmente, pela cor verde (da mais clara à mais escura); pelas formas retangulares ao alto (tais como riscas verticais); e pela madeira. (Atenção que se o mobiliário estiver pintado, por exemplo, de branco o Elemento associado será o Metal e não a Árvore). As plantas, sobretudo as que têm um crescimento vertical, são dos elementos decorativos mais importantes para estas áreas da casa.
O Fogo exprime-se, sobretudo, pela cor vermelha. No entanto, se não gostas desta cor poderás sempre utilizar as suas variações mais Yin, tais como os roxos ou os rosas. As formas que caracterizam este Elemento são as bicudas (como os triângulos ou as estrelas). As luzes, velas e lareiras são dos artigos mais representativos da energia Fogo.
O Solo é caracterizado pelas cores amarela, bege, “pêssego”, castanho e creme; pelas formas quadradas ou retângulos ao baixo (tais como riscas horizontais); e pelos materiais como o tijolo e o barro. Os cristais são dos objetos que melhor exprimem este Elemento (apesar de haver quem os considere do Elemento Metal).
Ao Elemento Metal estão associados tanto o branco como as cores metálicas; as formas ovais ou redondas; e todo o tipo de metais tais como o ferro, o cobre, o alumínio, etc. Objetos de metal, tal como os famosos espanta-espíritos, são dos mais utilizados nestas zonas da casa.
O preto e o azul-escuro são as cores que melhor definem a Água, bem como as formas ondulantes e os materiais como o vidro (ou as superfícies vidradas). Os espelhos são considerados objetos que pertencem a este Elemento. Contudo, há que ter em conta o material e a forma da moldura que os envolvem, pois esta poderá representar um outro Elemento.
Água real é o que melhor representa esta energia. Porém, há que ter cuidado com a colocação de fontes e aquários em casa, uma vez que podemos estar a ativar uma energia que não nos é benéfica (e que só é possível de ser vista com o cálculo clássico das Estrelas Voadoras). O melhor, e mais seguro, será utilizar imagens apelativas à água.
Mas há mais!
A teoria dos Cinco Elementos aplicada à decoração de interiores não se esgota só aqui, sendo mais completa e complexa do aquilo que te expliquei. No meu próximo artigo ensinar-te-ei outros conceitos importantes que deverás ter em conta sempre que quiseres aplicar Feng Shui à decoração de qualquer espaço.
Fica atenta!
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Como aplicar o Bagua à planta da casa
Esta é das dúvidas mais colocadas pelas pessoas interessadas em aprender Feng Shui. Foi por isso mesmo que eu decidi dar-te uma ajuda.
Esta semana decidi fazer um vídeo* a explicar-te como se divide a planta de uma casa nas famosas nove áreas de vida do Bagua, uma vez que esta é das dúvidas mais colocadas pelas pessoas interessadas em aprender Feng Shui.
Tem atenção que esta forma de aplicar o Bagua à planta da casa é feita de acordo com o chamado Feng Shui Intuitivo.
No Feng Shui Intuitivo a divisão é feita tendo como base a localização da porta de entrada e não a orientação cardeal da casa, tal como nos ensinam outros métodos de Feng Shui.
Caso não tenhas a planta da tua casa podes sempre desenhar uma. Se achas que não tens jeito para desenhar experimenta o seguinte exercício: coloca-te na porta de entrada virada de costas para a mesma e tenta perceber qual é o espaço da tua casa que calha em cada um dos nove quadrados.
Observa o que tens em cada sector
Depois de teres feito a divisão da tua casa e de saberes onde calha o quê, está na altura de analisares como se encontra cada um dos espaços.
Será que está sempre desarrumado ou atafulhado de coisas? Será que está sempre a dar problemas por mais que tu o arranjes? Ou será que é um daqueles espaços da casa que tu nem sequer dás muita importância?
Tenta perceber ainda se a forma como o decoraste vai de encontro ao que nos diz o sector onde ele se encontra, fazendo a relação com o que se passa nessa tua área de vida.
Por exemplo, imagina que és uma mãe solteira e que o Sector dos Relacionamentos calha no teu quarto. Em cima da cómoda tens, entre outra coisas, uma estatueta africana de uma mulher sozinha a transportar um pote na cabeça enquanto carrega o filho às costas.
Depois de imaginares isto, pergunto-te:
O que achas que vais continuar a atrair para a tua vida no campo dos relacionamentos? Um novo parceiro? Ou será que vais continuar na mesma situação de mãe solteira porque, na verdade, é assim que tu te vês no futuro?
Pensa nisso.
*Nota: Quando me iniciei como consultora de Feng Shui em 2015, para além dos artigos que escrevia, também fazia vídeos para o meu canal do YouTube e para a minha página do Facebook. Em 2019 fechei tudo, tal como te conto na minha página “sobre mim”. Agora, no início de 2024, estou a recuperar muitos desses artigos, apesar de alguns deles poderem ter os vídeos dos quais menciono em falta.
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A minha entrevista à revista Sábado
Ligaram-me da revista Sábado para saber se eu estava interessada em dar uma entrevista sobre Feng Shui. Caiu-me tudo. Eu?!
Estava longe de pensar que algum dia iria sair numa revista. Muito menos na Sábado que é uma revista que eu gosto de ler.
É tão estranho ver a nossa foto, nome e trabalho num meio conhecido de comunicação social. Aquele que também utilizamos para ver e ouvir falar de outras pessoas. Sem nunca pensarmos, porém, que um dia também nós iremos lá aparecer.
Mas aconteceu. E eu nem queria acreditar…
É que uma coisa é nós reconhecermos o nosso próprio trabalho, bem como as pessoas que nos procuram. Mas outra bem diferente é esse reconhecimento vir da parte de uma revista ou canal de televisão. Principalmente quando ainda estamos no início da nossa carreira.
De qualquer forma, fiquei muito feliz por ter tido esta oportunidade. Sobretudo porque pude falar do Feng Shui de uma forma um pouco diferente do que é habitual. Algo que a jornalista frisou logo no título. Adorei!
Para veres, então, a minha entrevista à revista Sábado e saberes algumas curiosidades sobre Feng Shui, clica aqui.
Se a minha casa falasse, o que ela te diria sobre mim?
As casas que escolhemos habitar e a forma como as decoramos dizem mais sobre nós do que aquilo que pensamos. E a minha não era excepção…
Quando saí de casa da minha mãe fui viver sozinha para um T1 em Cascais. Apesar de não ter permanecido lá durante muito tempo, os três anos e meio que lá vivi foram, sem dúvida, os mais intensos e transformadores da minha vida.
Foi durante a minha vivência nesta casa que o Feng Shui entrou na minha vida e o meu caminho mudou completamente. E foi também aqui que eu fui ao fundo do poço e voltei a subir outra vez.
Se a minha casa falasse... era isto o que ela te diria sobre mim
Eu adorava aquela casa. Tinha o tamanho certo para mim, estava numa zona tranquila da cidade, tinha uma vista fantástica para o mar, um chão lindo de madeira, e paredes que transbordavam cor e calor! Era uma casa francamente acolhedora e tranquila, e onde eu adorava estar. No entanto, o Feng Shui tinha outra coisa para me dizer…
Para começar, o prédio estava inserido numa rua sem saída. E, na verdade, era mesmo assim que eu sentia que estava a minha vida naquela altura – sem uma saída à vista.
Esta questão também estava refletida no facto de o apartamento não ter o chamado sector do Futuro (de acordo com o Baguá), pois a planta não era regular mas sim em forma de L. E isso causava-me uma grande ansiedade…
Sentirmos que a nossa vida não está a ir na direção que gostaríamos, não vendo também uma solução à vista, é deveras inquietante.
Para além disso, a única casa-de-banho que o apartamento tinha situava-se no centro do mesmo. Segundo o Baguá, o sector do centro corresponde à nossa Saúde e Equilíbrio – algo que me faltava na altura, apesar de eu achar que não estava assim tão longe de alcançar o segundo…
No Feng Shui as casas-de-banho são um pouco vistas como as más da fita. Não tem de ser sempre assim, mas é verdade que elas têm tendência para nos mostrar onde se encontram alguns dos nossos bloqueios (dependendo, mais uma vez, do local onde se encontram no Baguá). E é por isso que elas nos costumam dar tantos problemas, tais como canos entupidos, maus cheiros, infiltrações, etc.
Depois ainda vem a parte da decoração. Aquela que foi escolhida com tanto gosto e carinho por mim. Aquela que eu adorava de morte e da qual eu não me queria libertar, mesmo quando percebi o que ela dizia sobre mim.
Neste caso em particular estou-me a referir a um quadro que eu tinha por cima da parede do sofá e que eu simplesmente adorava. Era um díptico que eu tinha mandado fazer com um tecido que mostrava uma série de gueixas – um género de figuras femininas que eu sempre gostei muito.
Até aqui tudo normal, certo? Afinal de contas, que mal tem uma pessoa gostar de gueixas?
O “problema” é que, na minha família, praticamente todas as mulheres desempenharam (ou desempenham) um papel muito parecido ao das submissas gueixas. Que foi precisamente o padrão que eu fui repetir quando comecei a namorar…
Lá diz o velho ditado e bem: Quem sai aos seus não degenera.
Para dar o toque final – e caso já te tenhas questionado sobre isso mesmo – o sector do Baguá onde estava localizado esse quadro era o das Bênçãos. Aquele sector que nos mostra o que iremos continuar a atrair na vida…
A solução está (sempre) dentro de nós
É importante lembrar que tudo isto era apenas um reflexo do que se encontrava no meu inconsciente. E é por isso que eu gosto tanto do Feng Shui. Porque nos permite ver, através da nossa casa, quem realmente somos e por que razão atraímos para a nossa vida aquilo que tanto nos esforçamos (conscientemente) por evitar.
Resta-me dizer que hoje me sinto muito feliz e orgulhosa por ter conseguido fazer todo o trabalho de cura e de transformação pessoal que aquela casa me propôs fazer. Não foi fácil, mas foi o necessário para conseguir ter uma vida melhor.
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Dica de Feng Shui para mim própria
Vou confessar-te uma coisa. Ser consultora de Feng Shui em casa própria não é fácil…
Vou confessar-te uma coisa. Ser consultora de Feng Shui em casa própria não é fácil…
Há fases tramadas pelas quais às vezes passo em que fico obcecada com tudo, tentando interpretar cada coisinha que acontece cá em casa ou alterando constantemente as coisas que acho que estão mal.
E o que acontece depois?
Muitas vezes nada, como é óbvio! Pois quanto mais mexemos mais complicamos, mais frustradas ficamos e menos as coisas acontecem como gostaríamos.
Ou então até acontece alguma coisa. Mas estamos tão preocupadas em mudar o que está mal que nem nos apercebemos que uma parte do nó até já se desembaraçou.
Quando se trata de analisar a casa dos outros e dar-lhes dicas de Feng Shui é tão mais fácil!
Mas basta estarmos agarradas emocionalmente ao problema e estragamos logo tudo. Deixamos de conseguir ver até o óbvio, impedindo que a coisa flua por si só.
É nestas alturas que sou obrigada a recordar-me da minha dica de Feng Shui, lembrando-me que está na altura de parar com as constantes auto-análises e consequentes mudanças em casa.
Às vezes pensamos demasiado nas coisas quando o que deveríamos fazer é simplesmente parar um pouco e deixar que a poeira assente, para depois perceber melhor como deveremos agir.
Uma história
Ainda sobre este tema quero partilhar contigo uma história que, na minha opinião, retrata bem o que te estou a tentar dizer.
Chama-se Simplicidade e conta assim:
Quando a NASA iniciou o lançamento de astronautas descobriram que as canetas não funcionavam em gravidade zero.
Para resolver este "enorme" problema contrataram a Andersen Consulting, hoje Accenture.
Dedicaram uma década e 12 milhões de dólares para desenvolver uma caneta que escrevesse com gravidade zero, de cabeça para baixo, debaixo de água, em praticamente qualquer superfície – incluindo vidro – e em variações de temperatura desde abaixo os 0⸰ até mais de 300⸰ Celsius.
Os russos utilizaram um lápis…
Dá que pensar, não dá?…
Porque há tantos métodos diferentes de se praticar Feng Shui?
É simples! Porque tudo na vida sofre uma evolução, até algo tão antigo e dogmático quanto o Feng Shui.
É simples! Porque tudo na vida sofre uma evolução, até algo tão antigo e dogmático quanto o Feng Shui.
É natural que, com o tempo, qualquer tipo de conhecimento vá sofrendo alterações, principalmente quando cada um de nós, que o aprende e utiliza, insere nele as suas próprias experiências e convicções.
Até certo ponto faz lembrar um jogo que fazíamos em crianças, chamado de “o telefone estragado”. Neste jogo alguém começava por dizer ao ouvido do outro as palavras Feng Shui, por exemplo, e no final de 15 “telefonemas” todos sabíamos que a mensagem tinha saído “estragada” quando o último ouvinte dizia algo como Kung Fu!
É normal. É de esperar. E está tudo bem.
É claro que dizer Kung Fu não é o mesmo que dizer Feng Shui. Tal como não é igual o Feng Shui que é praticado no Oriente – de onde ele é originário – daquele que é praticado no Ocidente.
No entanto, há duas questões muito importante a ter em conta sempre que estamos a discutir estas diferenças.
Feng Shui Clássico vs Feng Shui Contemporâneo
Primeiro, devemos lembrar-nos que o Feng Shui é uma arte que vem da China. Um país cuja língua e cultura são completamente diferentes da nossa. Isso significa que há traduções que vão acabar por sair ao lado, noções que se vão perder pelo caminho e conceitos que terão obrigatoriamente de ser adaptados à nossa mentalidade ocidental, caso contrário ninguém aqui as compreenderia ou as aceitaria.
Toda a forma de Feng Shui Contemporâneo é uma adaptação ocidental a este conhecimento que vem do oriente.
Segundo, há que perceber que o Feng Shui começou por ser algo que só alguns tinham o privilégio de saber, tal como reza a história de muitas artes marciais. Secretismo era, por isso, a palavra de ordem entre os mestres e os seus (escolhidos) alunos.
Ora, quando algo deixa de ser um segredo, na verdade só deixa de o ser na medida em que a pessoa que o detém quiser. Afinal de contas, está nas mãos dela decidir o que quer contar e da maneira como o quer contar. E nós nunca iremos saber a forma como ela o decidiu fazer.
No Feng Shui esta ideia de secretismo vai ainda mais longe quando estamos a falar de alunos que não pertencem ao mesmo tipo de cultura de onde ele é oriundo. Isto porque, se há alguém a quem os chineses não gostam de passar os seus poderosos segredos é a nós ocidentais!
O Feng Shui que funciona é aquele que faz mais sentido para ti
Assim, é perfeitamente natural que, com o tempo, o Feng Shui vá sofrendo alterações na sua forma de se estudar e aplicar. O que explica a variedade de denominações e métodos diferentes de se praticar Feng Shui que existem hoje em dia.
Por isso, não te preocupes muito em saber se estás a utilizar o Feng Shui “correcto”. O que importa mesmo é que aquele que decidas utilizar funcione para ti.
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O que é Feng Shui?
O equilíbrio perfeito entre o Homem e a Natureza.
Com origem na China há mais de 2,000 anos, Feng Shui é tão simplesmente a arte de saber viver em harmonia com o mundo que nos rodeia.
Os seus inícios datam da Dinastia Han (206 AC – 220 DC), quando o Feng Shui era apenas uma vertente da Filosofia Chinesa que estudava a relação entre os seres humanos e o seu meio-ambiente, pois os chineses acreditam que tudo está interligado entre si.
Tendo por base as Leis da Natureza e as filosofias Taoistas, as suas teorias oferecem-nos uma forma de entendimento sobre o porquê de certos acontecimentos ocorrerem e de como podemos criar um ambiente confortável que nos permita viver e trabalhar de forma mais equilibrada e evolutiva.
O termo Feng Shui significa, literalmente, (o fluxo de) “vento” e “água”. Estas duas palavras conjuntas aparecem pela primeira vez no livro de Guo Pu (“The Study of Burial Ground”) quando este descreve que “o fluxo do Qi é conduzido pelo ar e a água. Quando o ar está disperso, o Qi também está disperso. Quando a água está estagnada, o Qi também está estagnado”.
Os Chineses acreditam que tudo tem Qi (ou energia cósmica), e tudo o que tem Qi tem qualidades Yin e Yang. Assim, um bom Feng Shui dá-se quando o equilíbrio entre o Yin e Yang alcança harmonia. E quando praticamos Feng Shui correctamente é-nos possível atrair e cultivar energia positiva, ao mesmo tempo que dissipamos o Qi negativo.
O Feng Shui nos dias de hoje
Com a sua crescente popularidade no Ocidente, o Feng Shui tem-se vindo a desenvolver e a adaptar à nossa forma de ser, pensar e habitar as casas, abarcando com isso outros tipos de conhecimentos e disciplinas.
Nos dias de hoje é possível utilizar o Feng Shui não só para atrair mais harmonia e equilíbrio para as nossas vidas, mas também como ferramenta de autoconhecimento e mudança interior, uma vez que a nossa casa reflecte na íntegra a “casa” que está dentro de nós.
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A minha história. Como o Feng Shui entrou na minha vida
Como primeiro artigo para o meu blog gostava de partilhar contigo a minha história. Nomeadamente aquela que me fez escolher o Feng Shui como forma de vida.
Desde que me conheço que ando à procura de algo, sem no entanto saber muito bem o quê.
Quando era adolescente andava à procura de ser como as outras e de ter aquilo que as outras tinham. Quando terminei os estudos andei à procura daquela profissão que iria fazer para o resto da vida. Ao mesmo tempo andava também à procura de alguém que me fizesse sentir mais completa. E, pelo meio, andava ainda à procurava de adquirir algum tipo de conhecimento que me ajudasse a entender o que é que eu afinal estava à procura.
Foi precisamente aqui que o Feng Shui entrou na minha vida.
Quando entrei para o curso de Feng Shui eu estava, mais uma vez, à procura de algo. Mas neste caso o que eu procurava era um complemento à minha licenciatura em Design de Interiores. Achava que os dois iam bem juntos, o que me poderia ajudar a obter mais clientes. No entanto, os planos que os deuses tinham para mim eram outros, e aquilo que eu acabei por encontrar foi algo bem diferente daquilo que eu andava à procura.
E tudo começou no momento em que eu peguei na minha casa para a analisar.
O poder que descobri no Feng Shui
Fazer uma análise de Feng Shui à própria casa é como ir ao oftalmologista e perceber que durante toda a nossa vida andámos a ver mal. Pior ainda, é constatar que a imagem que temos de nós mesmos tem muito pouco a ver com aquela que de facto é verdadeira.
Dito por outras palavras, observar a nossa casa através do olhar atento do Feng Shui é perceber o que nos está a impedir de alcançar na vida o que mais queremos. Como? Porque nós refletimos no exterior tudo o que se passa no nosso interior.
Não te vou mentir. Descobrir isto pode ser um pouco assustador (pelo menos para mim foi). E quando assim o é, fica nas nossas mãos a forma como escolhemos lidar com a situação. Nós podemos:
Inventar desculpas e fugir à questão. É a típica reação de “o problema não é meu, é do outro” (ou, neste caso, da casa). O que no Feng Shui pode até significar decidirmos mudar de casa.
Tomar consciência de todas as coisas que ainda temos para resolver dentro de nós e trabalhar nisso.
Desacreditar todo o processo e seguir com a nossa vida da mesma forma, na esperança de que as coisas mudem por si só.
No meu caso, depois de ter visto tudo aquilo que a minha casa me mostrou sobre mim, eu optei pela segunda hipótese. Aquela que no princípio é a mais difícil e frustrante de todas, mas que aos poucos se vai tornando cada vez mais recompensante.
Contudo, tenho de ser sincera contigo. Passar por este processo não é nada fácil, principalmente quando descobrimos coisas que preferíamos não saber. E a mim aconteceu-me exatamente isso quando percebi que estava numa casa que, segundo o Feng Shui Clássico, não era propícia a encontrar um relacionamento. O que, por sua vez, demonstrava que eu própria também não estava preparada para ter um, ao contrário daquilo que eu pensava.
Mas à medida que eu fui deixando passar a frustração inicial também me fui apercebendo o quanto isso era verdade. Sobretudo porque ainda tinha coisas para resolver dentro de mim que eu achava que já estavam resolvidas.
E uma delas era a relação com o meu pai…
Utilizar o Feng Shui para curar
O bom do Feng Shui é que se pode utilizar a casa não só para fazer o “diagnóstico” das nossas “dores”, mas também para nos ajudar a resolver algumas coisas que ainda temos bloqueadas na nossa vida.
E foi isso mesmo o que eu fiz.
Com a ajuda de uma profissional mudei algumas coisas em casa e coloquei em sítios específicos aquilo a que nós chamamos de “símbolos de cura”.
Qual foi o resultado?
Um telefonema ao meu pai que tomei coragem para fazer, depois de estarmos mais de 6 anos sem nos falar…
A minha casa, o Feng Shui e eu
Para além de espelhar o nosso Eu mais profundo e inconsciente, a casa que escolhemos habitar também nos dá, por si só, a oportunidade de transformar a nossa vida para melhor. Leve isso o tempo que levar, e de acordo com o trabalho que cada um está disposto a fazer.
No meu caso, foi com esta casa que eu consegui finalmente encontrar a tal profissão que quero fazer para o resto da minha vida. Já para não falar do potencial de “terapeuta” que descobri em mim e que achava que não tinha.
Hoje sou consultora porque acredito no poder do Feng Shui. Não para trazer apenas harmonia à casa, mas para trazer equilíbrio a cada um de nós através da tomada de consciência do que quer que seja que ainda nos está a limitar.
É isto o que gosto de fazer. É isto o que continuo a fazer comigo. E é isto o que quero fazer contigo.
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