A Boa Sorte
“Era uma vez, há muito tempo atrás, num reino longínquo, um mago chamado Merlim, que reuniu todos os cavaleiros para lhes fazer um desafio: ir ao bosque encantado e encontrar o trevo de quatro folhas, um trevo mágico que proporciona a quem o colha sorte sem limites. Apenas dois cavaleiros se atrevem a aceitar este desafio. Contudo, para além da dificuldade do desafio, os cavaleiros têm ainda de enfrentar a relutância dos habitantes do bosque, que lhes dizem, determinantemente e sem dúvidas, que naquele bosque não crescem trevos de quatro folhas, que tal coisa nunca foi vista, e que, na verdade, é impossível que aconteça.
Um dos cavaleiros deixa-se contagiar por este espírito derrotista e queixa-se do seu azar, mas, para o outro, “impossível” é uma palavra vã. Ele descobre que a boa sorte não depende do acaso, mas surge apenas quando criamos as condições para que ela nasça e, se o fizermos, mesmo as coisas mais fantásticas e inéditas podem suceder.”
Se adoras ouvir histórias como eu, então vais adorar conhecer esta. Chama-se A lenda do Trevo Mágico e foi isto o que aprendi com ela:
“A sorte não dura muito tempo, porque não depende de ti. És tu mesmo quem cria a Boa Sorte, por isso ela dura para sempre.”
“Muitos são os que desejam ter Boa Sorte, mas poucos os que decidem a procurá-la.”
“Se atualmente não tens Boa Sorte, será talvez porque estás sob as circunstâncias de sempre. Para que a Boa Sorte chegue, é necessário criar novas circunstâncias.”
“Preparar as circunstâncias para a Boa Sorte não significa procurar apenas benefícios para si próprio. Criar circunstâncias nas quais os demais ficam a ganhar atrai a Boa Sorte.”
“Se “deixares para amanhã” a preparação das circunstâncias, a Boa Sorte nunca chega. Provocar circunstâncias requer dar um primeiro passo... dá-o hoje!”
“Mesmo sob as circunstâncias aparentemente necessárias, às vezes a Boa Sorte não chega. Procura nos pormenores as circunstâncias aparentemente desnecessárias... mas imprescindíveis!”
“Àqueles que apenas acreditam no azar, parece absurdo que se possam criar circunstâncias. Aqueles que se dedicam a criar circunstâncias não se preocupam com o azar.”
“Ninguém pode vender sorte. A Boa Sorte não se vende. Desconfia dos vendedores de sorte.”
“Quando já tiveres criado todas as circunstâncias, sê paciente e não desistas. Para que a Boa Sorte chegue, confia.”
“Criar Boa Sorte é preparar as circunstâncias à oportunidade. Mas a oportunidade não é uma questão de sorte ou de azar: está sempre presente! Por isso: Criar Boa Sorte consiste unicamente em... criar circunstâncias!”
“Uma vez que criar a Boa Sorte é criar as circunstâncias... A Boa Sorte apenas depende de TI. A partir de hoje, também TU podes criar a Boa Sorte.”
Qual é a diferença entre sorte e Boa Sorte? A pura sorte não depende de ti. A Boa Sorte depende apenas de ti.
Álex Celma e Fernando de Bes, no livro “A Boa Sorte”